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Os persas, povo indo-europeu, originário do sul do Irã, conquistaram, sob o comando de Ciro, o Grande, as terras entre os rios Nilo, no Egito, e Indo, na Índia, no período de 550 a.C. a 525 a.C. Fenícios, hebreus e mesopotâmicos foram dominados pelos persas. Eles fundaram num único império todos os povos do Oriente Próximo e sintetizaram as tradições culturais da região. Administrativamente, esse imenso império era dividido em 20 províncias (satrapias) dotadas de relativa autonomia e um surpreendente sistema de comunicação postal. Cada satrapia era administrada por um governador (sátrapa) responsável perante o imperador.
Para se proteger contra a subversão, o rei empregava agentes especiais - "os olhos e os ouvidos do imperador" -, que supervisionavam as atividades dos sátrapas. O império era unificado por uma língua única, o aramaico (a língua dos arameus daSíria), usada pelos funcionários governamentais e pelos comerciantes. Outros elementos unificadores eram a rede de estradas e o sistema comum de pesos e medidas e de cunhagem da moeda, o dárico, válida em todo o território do império.
A civilização persa criou uma nova religião, o masdeísmo, fundada por Zaratustra (em grego, Zoroastro), cuja divindade era Aura Mazda (a luz). Os persas cultuavam, também, Ormuz, o criador de espíritosbenéficos, e Arimã, o espírito das trevas, mau e destruidor entre os quais as pessoas tinham liberdade de escolher aquele que iria seguir. A recompensa por ser bom e dizer sempre a verdade era a vida eterna, no Paraíso. O castigo pelo comportamento oposto era ser lançado num reino de trevas e sofrimento.